Viver na favela é inovar o tempo todo. Todos os dias, entre ausências e dificuldades, a gente aprende a reinventar caminhos, resolver problemas e seguir com dignidade. A imagem histórica da favela como sinônimo de carência esconde nosso enorme potencial criador, baseado em redes de solidariedade e saberes compartilhados.
A Galeria Providência parte dessa força para construir práticas que enfrentam os desafios do território de maneira colaborativa, afetiva e estratégica. Desenvolvemos tecnologias sociais que nascem da escuta, da experiência e da urgência. Ferramentas que organizam, conectam, auxiliam e potencializam a capacidade do território de pensar e agir por si. Sempre em rede, buscamos parceiros e apoiadores que possam somar nessa caminhada.
Viver na favela é, antes de tudo, inventar. A cada dia, moradores da Providência inventam soluções criativas para lidar com os desafios. É dessa potência que nasce nossa inspiração. Nesta linha de ação, concentramos os trabalhos de criação, teste e adaptação de metodologias participativas, pensadas a partir da realidade local e voltadas à criação de ferramentas que possam ser reproduzidas, fortalecendo a autonomia comunitária.
Um dos principais exemplos desta linha é o Censo Popular da Providência 2022, desenvolvido a partir da escuta ativa dos moradores, que queriam retrato real do morro. Juntamos a tecnologia social dos Moradores Monitores com a experiência em cartografia e levantamento de dados de pesquisadores do NEGRAM/IPPUR/UFRJ, aliando conhecimento técnico a saberes do território.