Ministério da Cultura e Equinor apresentam

educaçãØ, arte e cultura

Realizamos projetos dedicados a criar processos educativos, práticas artísticas e culturais para formação crítica, ampliação de saberes, a expressão criativa e o acesso democrático aos bens culturais.

Educar, criar e lembrar são nossas práticas centrais de existir em coletivo. Na Galeria Providência, entendemos que o acesso ao conhecimento, à arte e à cultura não é um privilégio, e sim um direito. Além disso, também é uma forma de transformar a realidade. Mas não queremos apenas acessar os lugares que sempre nos foram negados, trabalhamos para que o Morro da Providência seja reconhecido como um território que produz saberes, cria novas estéticas e reinventa narrativas.

Ao usar a memória como ferramenta de imaginação e a arte como linguagem política, criamos espaços de aprendizado que nascem da escuta, do corpo, das ruas e das histórias que resistem. Valorizamos o encontro entre o saber popular e o pensamento teórico, apostando em processos educativos que fortaleçam a autonomia, a criação coletiva e a democratização da cultura. Acreditamos que o Morro da Providência é uma escola viva onde aprendemos e também ensinamos.

Projeto de Vida

Construir um projeto de vida na favela é um ato de resistência. Em um contexto marcado por desigualdades, racismo e apagamentos, planejar o nosso próprio futuro exige mais do que acesso a oportunidades. É preciso de suporte, reconhecimento, vínculos e abertura de caminhos. Nesta linha de ação, entendemos que a vida profissional, pessoal e social caminham juntas. Por isso, promovemos espaços formativos que estimulam o desenvolvimento de habilidades técnicas e socioemocionais, fortalecendo a autoestima, a capacidade de escolha e a imaginação de futuros possíveis.

Nosso objetivo é apoiar moradores da Providência, especialmente jovens e mulheres, na construção de trajetórias com mais autonomia e propósito, a partir do lugar que ocupam no mundo e das histórias que carregam. Entre as iniciativas desenvolvidas estão o Pré-vestibular Marielle Franco, que desde 2019 já apoiou mais de 50 estudantes no ingresso à universidade, e o Projeto Porto do Saber, realizado em parceria com o SESI/FIRJAN, voltado à formação e à empregabilidade de jovens da Providência.

Experimentação Artística e Cultural

Na Galeria Providência, encaramos a arte como experiência viva, forma de expressão e modo de reexistir. Em uma realidade onde o acesso à arte e à cultura é limitado por barreiras simbólicas e materiais, esta linha de ação se dedica a criar e sustentar espaços próprios de criação, onde moradores da favela possam se ver e ser vistos.

Promovemos iniciativas que incentivam a experimentação em diversas linguagens artísticas, ampliando o acesso, a produção e a circulação de bens culturais que refletem as estéticas, os afetos e as urgências do território. Entre os projetos desenvolvidos nesta linha está o Festival Galeria Providência, que desde 2017 transforma o morro em uma galeria a céu aberto, com mais de 70 artistas e intervenções realizadas em 13 pontos distintos da favela. Também realizamos oficinas e práticas artísticas contínuas, aproximando moradores das artes visuais, da música, do teatro, da dança e de múltiplas expressões da cultura afrodiaspórica e popular.

Saberes da Providência

Nós queremos aprender, mas também podemos ensinar. Olhamos para a favela como uma grande escola, um lugar de aprendizado e ensinamento. Nossos saberes são cultivados na luta, na oralidade, na criatividade do dia a dia e na resistência ao apagamento. São esses saberes, muitas vezes desvalorizados pelas formas tradicionais de conhecimento, que sustentam a vida e o território.

Nesta linha de ação, buscamos reconhecer, ativar e valorizar esses saberes e fazeres locais, por meio de práticas coletivas, vivências formativas e produção de narrativas que partem do próprio morro. Entre os projetos desta linha, destacamos a Formação em MediEsquina, curso que qualifica jovens moradores da Providência em mediação cultural, unindo conteúdos históricos e estratégias de comunicação criadas pelos próprios participantes. As visitas guiadas pelo território se tornam, assim, momentos de escuta, troca e reapropriação simbólica do lugar onde vivem, fortalecendo laços e o sentimento de pertencimento.